Me pego te procurando pela casa;
Fingindo que você está na cozinha,
ou no banheiro, tomando um banho quente.
Não sei ao certo o que houve;
Simplesmente fui acordado pela tua ausência,
e me senti em parte, preso.
Escravo da lembrança do teu cheiro pelo ar;
Do ritmo que dávamos àquela música de voz e violão.
Essas areias do tempo que correm rápido demais;
Nos fogem por entre os dedos e caem no passado,
que agora contemplamos do alto,
nos afastando.
O vento chega e faz tudo desaparecer.
Só me resta um copo a ser enchido,
e ninguém mais me observa fumar;
De soslaio e desviando quando eu viro;
Com um sorriso tímido e uma pele fácil de arrepiar.
A lembrança neste caso, me dá algumas possibilidades;
Como ficar bêbado rápido,
e continuar fingindo que você está por aí,
de alguma forma, ao meu redor.
Photo: Chris Thomas
Que doído.
ResponderExcluirNão tem muito a ver com dor não...
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