Me seria um alívio ao menos, saber o que pensar;
Te sentir andando pelo quarto, te olhar,
e não te ver.
Te seguir pelo cheiro;
Descobrindo o que você comeu no café da manhã.
Te brindo com uma apatia que respeita os limites da
conveniência.
Apago a luz.
Deixo-te petrificar no frio;
Tremendo, abraçada a indiferença que te dá tanto orgulho;
Que te faz sentir-se tua,
e só tua.
No calor do meu cigarro, me faço ausente;
Me faço encomenda com erro no destinatário;
Me faço meu.
Foto: Luis Lopes Silva
Um tanto triste porém linda.
ResponderExcluirObrigado por ler, Marcia.
ExcluirNecessário às vezes.
ResponderExcluirAcho que quando amamos o outro, e portanto amamos a nós mesmos também, temos que respeitar os espaços.
O do outro, mesmo que seja de afastamento. E o nosso, que já que quer se afastar, então eu vou me respeitar e não vou te implorar.
Parabéns!
Ficou incrível!