O que antes estava entre meus dentes,
agora nem meus dedos conseguem alcançar;
E nada é capaz de se fazer suficiente.
Não é o que digo, mas o que faço, que me distancia do que quero.
Quero que seja real, esse teu desejo;
Como quero não ser um estranho para você;
Quero que sejamos uma verdade;
E só.
Impreciso, involuntário, frio e insensível;
Cego e surdo ao que se mostra;
Incapaz de se fazer suficiente.
Te faço cruzar os braços, fechar a porta e duvidar;
Te espreito com o pensamento e passo a te observar por dentro;
Podendo ver tudo o que você precisa;
E o que por agora, apenas não sou.
Faço-me o teu redor;
E não satisfaço.
Sou o que sou, para sempre, vivo ou morto;
E sou para você.
E você é um sonho, dentro do meu pesadelo particular.
Foto: Antonio Jorge Nunes
BELÍSSIMO!
ResponderExcluirPARABÉNS!
Obrigado por ler, Flávia!
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