segunda-feira, 6 de abril de 2015

O Silêncio do Final

Não falo sobre as verdades da vida de forma profunda;
Ao invés, eu as vivo;
Tenho dado minha carne às lâminas mais afiadas que encontrei pelo caminho;
Às mãos mais ásperas.
Busquei desviar da insensibilidade;
Às vezes sem sucesso;
Vi-me obrigado a buscar uma anestesia em mentiras levianas;
Desviando de olhares e me esquivando de promessas.
Não quis, nunca.
Nem sequer possuo quem testemunhe a meu favor;
Aceitei as sentenças e cumpri a pena de cada uma delas.
Não tenho dívidas.
Olhando por cima do ombro, vejo histórias interrompidas,
olhares baixos e lábios trêmulos;
Silêncios transformados em pontos finais.
Assim como eu, um personagem esvaecido;
Um silêncio súbito colocado em histórias sem final.

Foto: Pixel Eye

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