Não me importam as cores, sendo cego;
Aquela rebeldia de outrora, que me fazia tão bem...
não encontro nenhum sentido nos dias em que vivo.
A esperar a volta das palavras perdidas,
dedicadas tantas vezes aos ouvidos errados,
de quem já havia ido, sem se despedir;
Nem reaparecer, nunca mais;
Permitindo ao tempo fazer esmorecer a memória daqueles dias.
Me acalmo... paro o olhar em um ponto;
Me solto e perco-me.
Nada mais parece ser o 'agora';
E eu agradeço por isso.
Não há volta, como não há espera;
Escolhas dependentes de valor e sentido,
que inexistem dentro de mim e tampouco, ao meu redor.
Esfrio como a água recém fervilhada e já sem fogo;
Sem cores, nem cheiro, nem toque.
Photo: Unknown
Nenhum comentário:
Postar um comentário