quarta-feira, 9 de março de 2016

Beleza Infame

Uma beleza infame, de corpo branco, tenro e perfumado;
A me flagelar como nós do açoite que mordem-me a carne;
E por vezes faz meus pés sonharem em permanecerem pendidos,
girando lentamente para a direita... depois para a esquerda.
Um sonho impossível de se ser acordado em paz;
E por mais que eu insista em te arrastar para a minha realidade, 
me vejo impedido pela coleira que você insiste em manter no teu próprio pescoço,
presa às tuas questões mundanas que eu, nunca compreenderei.
Mantendo-me no teu pensamento como um refúgio longínquo,
que talvez nunca venha te proporcionar descanso em um futuro longínquo que talvez nunca chegue.
Aos poucos, realizar o sonhos dos meus pés,
passa a me parecer uma inclinação mais do que satisfatória.



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