quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Palavras e Pedras

Ser escravo da lógica tem inúmeras desvantagens;
A falta de sentido na ordem dos acontecimentos confunde,
faz-me perder o senso que tanto me acalenta.
O estrago que vem sem avisar,
que é impossível de reconhecer.
A tangente sempre se mostra sedutora;
Dar de ombros e relevar,
com a certeza de que logo, tudo estará debaixo da terra,
e nem mesmo o silêncio me fará recordar.
Não quero e não preciso.
Me isento da responsabilidade;
Como você se isentou da permanência;
Quando poderia ter na tua ausência, a minha paz.
Te agradeço pelos pedaços bons;
E ignoro todo o resto;
Bem treinado, que me tornei.
Encantar-me pelo teu desequilíbrio;
Pelos teus excessos;
É uma sentença com que lido,
quase que sem esforço.
Não marcarei as paredes;
Este tempo, não faço questão de calcular.
Não altero meus anseios;
Não antes de torná-los suportáveis.
E faço questão de pisar em cada pedra,
que se mostrar digna de fazer sangrar meus pés.


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