Prefiro não saber do que preciso;
Planos e frases feitas não se enquadram nas minhas paredes;
Sigo por caminhos de uma encantadora incerteza,
e por vezes, me deixo levar por alguma mão que me é estendida;
Durante uma noite, ou menos.
A necessidade é sempre plural;
A satisfação também.
O tempo nos serve com memórias que muitas vezes,
deveríamos esquecer;
E por muitas vezes, não nos vemos capazes.
Livramo-nos da necessidade de perdoar, esquecendo.
Nos desvencilhamos das verdades desagradáveis;
Desconhecemos o remorso;
E a compaixão.
Tomamos a fuga premeditada,
como antídoto para todo tipo de dor.
Mantemos a cabeça baixa;
Trancamos o mundo do lado de fora;
Num momento de estar consigo, e só.
Em momentos que não vemos o que precisamos;
Esquecemos, ao invés de perdoar.
Escrevemos.